Filme: Vai que dá certo

Nota:

Entre no clima do filme, aperte o play!

Aos 30 anos os 4 amigos: Amaral, Vaguinho, Tonico e Rodrigo se sentem fracassados, nada deu certo para eles. Rodrigo (Danton Melo) perdeu o emprego, a namorada e ainda mora com a mãe, Tonico (Felipe Abib) mal sobrevive com o salário de professor de inglês e os irmãos Amaral (Fabio Porchat) e Vaguinho (Gregório Duvivier) administram uma loja de videogames falida. Nenhum deles alcançou os objetivos, todos estão endividados.

Danilo (Lucio Mauro Filho) apresenta aos quatro amigos uma proposta irrecusável, um plano infalível para conseguirem uma boa quantia em dinheiro, acontece que eles acabam se atrapalhando e botando tudo a perder, ficando ainda mais endividados e encrencados.

O longa não foge muito do estereótipo dos filmes brasileiros; excesso de palavrões e humor negro, porém o filme não é ruim. O enredo é muito bom e o interessante é que os atores tiveram espaço para discutirem sobre o roteiro, um exemplo é o Fabio Porchat que praticamente criou as falas do próprio personagem.

A atuação não deixa a desejar, mas sempre tem aqueles que se destacam, nesse caso foi o Porchat e o Gregório Duvivier, ambos ótimos humoristas e a presença deles deu um UP para o filme.  Se você está esperando um filme estilo “Porta dos fundos” pode tirar o cavalinho da chuva, Vai que dá certo tem um humor mais leve, tirando a cena na qual o Amaral dá uma aula de pole dance para o Tonico, uma cena que não trouxe nenhuma consequência para o filme e muito menos coerência.

Apesar de tudo o filme é bom, tem um ótimo elenco. Não é daqueles que te faz rir do começo ao fim, mas é possível se divertir com as piadas e atrapalhadas dos personagens.

Você sabia? 

• O diretor Maurício Farias teve a ideia do filme em 1994, quando ouviu a história do motorista de um conhecido que havia sido preso por assalto. Na época ele ficou impressionado com o fato de que o motorista era uma pessoa íntegra e querida, daquelas que jamis se imaginaria que estivesse envolvido em alguma atividade criminosa.
• Alguns anos depois, Maurício Farias escreveu o primeiro argumento do roteiro em parceria com Alexandre Morcillo, que havia sido seu aluno em um curso ministrado na Cinédia. Na época o filme se chamava Apolo - Os Reis da malandragem.
• Fábio Porchat foi convidado para participar do filme apenas três meses antes do início das filmagens. Além de atuar, ele ajudou a concluir o roteiro, trabalhando principalmente nos diálogos dos personagens.
• É o primeiro de dois filmes em que Fábio Porchat e Danton Mello atuaram juntos. O posterior foi O Concurso. Para saber mais curiosidades clique aqui.

Confira o trailer: