Filme: Cartas para Julieta

Nota:

Para entrar no clima do filme, que tal escutar uma musiquinha? Aperte o play!

Verona, Itália, fim seculo do século XVI: um jovem casal se apaixona perdidamente, porém as famílias de ambos eram inimigas e não aceitariam, em hipótese alguma, a união dos dois. E esse amor tão intenso e grandioso seria o responsável pela morte do casal apaixonado, que  não conseguiu unir-se em vida, mas pela morte puderam permanecer juntos durante a eternidade.

E bla bla bla bla...todo mundo conhece o famoso casal Romeu e Julieta, que até hoje é referência do amor verdadeiro.  E é essa história do maravilhoso Shakespeare que embala o romance Cartas para Julieta, uma comédia romântica, que como todas as outras, é bem clichê, mas que possui um sabor diferente proporcionado por um lindo cenário da romântica Verôna, uma trilha sonora envolvente e aquele gostinho de quero mais.

A história tem como protagonista a jovem Sophie (Amanda Seyfried), uma checadora de matérias de um jornal em Nova Iorque que sonha em se tornar escritora. Ela namora Victor (Gael Garcia Bernal), um chef de cozinha que planeja abrir um restaurante na cidade da famosa Estatua da Liberdade. O jovem casal tem uma relação marcada pelo egoísmo e falta de comunicação, o que fica evidente no personagem Victor. Eles decidem viajar para a Itália, com a intenção de aquecer o relacionamento. No entanto, ao chegarem em Verôna, Victor fica fascinado pela cozinha italiana, e passa todo seu tempo aprendendo receitas e se dedicando ao seu futuro restaurante.

Sem nada pra fazer e abandonada pelo noivo, Shopie fica entediada, até encontrar algo que muda sua vida. No muro da famosa sacada de Romeu e Julieta há dezenas de bilhetes, cartas e pedidos de ajuda de mulheres do mundo todo. Esses bilhetes são recolhidos por voluntarias que se denominam “as secretarias de Julieta”, e que leem e respondem as cartas, dando conselhos amorosos e incentivando as mulheres que pedem por sua ajuda a ir em busca do amor. Shopie fica encantada com essa iniciativa e decide participar. 

Num belo dia Shophie e uma das voluntarias vão recolher as cartas, e a aspirante a escritora encontra uma carta data de 1951, enviada por uma jovem inglesa que ao vir para a Itália conhece um rapaz e se apaixona por ele. Porém , como toda história de amor proibido, o casal não pode ficar junto, e por isso decide fugir, mas a jovem desiste de encontrar seu amado, e volta para seu país. Comovida com o relato da jovem que pedia consolo, Sophie decide responder a carta, sem nem ao menos pensar se chegaria ao seu destino, afinal já havia se passado meio seculo.

Mas a carta de Sophie chegou até Claire Smith (Vanessa Redgrave), a jovem inglesa que pediu ajuda, e que agora já é uma senhora. Claire retorna para Verona acompanhada de seu neto Charlie (Christopher Egan), e com o único objetivo de reencontrar seu amor de juventude, Lorenzo. Junto com eles Shopie entra na divertida busca pelo amado de sua nova amiga, mas durante essa procura muitos Lorenzos são encontrados, rendendo momentos divertidos, tocantes e emocionantes.

O final nem precisa falar. Lógico que o amor vence, e dos dois lados, por que qualquer relação de ódio e birra entre dois personagens (como a de Sophie e Charlie) sempre termina em amor. E é nesse ponto que o filme é clichê, por que desde o começo você já sabe como será o fim, por isso que o forte de toda comedia romântica não é o final mas sim o meio, como os personagens chegam no final feliz.

Quanto ao elenco, se por um lado Amanda Seyfried e Vanessa Redgrave atuam muito bem, com o nivel certo de emoção, os homens nesse filme deixam a desejar. O até então desconhecido Christopher Egan não apresenta nada de especial. Já Gael Garcia Bernal, considerado um ótimo ator, decepciona com sua atuação caricaturada que torna impossível torcer pelo personagem, tornando evidente seu destino na trama. Mas provavelmente essa falha no personagem Victor seja culpa não do ator, mas sim do diretor, Gary Winick (que dirigiu também De repente 30), que não percebeu como esse personagem era, vamos dizer,  “idiotinha” (quando vocês assistirem vão entender).

O roteiro é simples, e tem como foco essa coisa de amor verdadeiro e tals, por isso é meio bobo, e isso é agravado pela previsibilidade, por que como sempre tudo dá certo no final, todo mundo fica feliz e realiza seus sonhos.

E apesar de não ser um grande filme, vale a pena ser assistido, principalmente pra quem sonha em conhecer a Itália, por que as cenas são lindas, a fotografia do filme maravilhosa, e logico que a trilha sonora, predominantemente compostas de musicas italianas, contribui pra fazer com que o telespectador se sinta ainda mais dentro da historia.

Confira o trailer: