Resenha e Filme: A última casa da rua

Como a Estéfany leu o livro e assistiu o filme decidimos que seria melhor ela fazer a resenha do livro e a crítica do filme em um único post. 

Quer saber o que a Estéfany achou da história? Então continue lendo.

Nota: 

Livro ou filme? Filme ou livro? A ultima casa da rua, ao contrário da maioria, é um filme que virou livro. A história original é de Jonathan Mostrow, e foi adaptada para o cinema no roteiro de David Loucka. O roteiro do filme serviu de inspiração para o livro, de autoria de Lily Blake. E como toda a história que é convertida para outra mídia, essa também é decepcionante.

Tudo começa quando mãe e filha mudam-se para uma cidade pequena, no interior  dos Estados Unidos. Elas encontram a casa dos sonhos, no bairro ideal, e com um aluguel que cabe no bolso, no entanto, o preço a pagar é um pouco alto: morar ao lado da casa mal assombrada dos Jacobsen. A casa vizinha foi palco de uma história macabra, o duplo assassinato cometido pela filha do casal Jacobsen, a pequena Carrie Anne, que apresentava sérios problemas mentais e que matou os pais com um martelo sem dó nem piedade. Pra piorar a situação a menina fugiu, e os moradores da vizinhança adoravam assustar as crianças dizendo que Carrie Anne vivia na floresta, a procura de novas vitimas.

Outro passatempo dos vizinhos era implicar com o pobre Ryan Jacobsen (Max ), o filho mais velho do casal assassinado,  que era odiado por permanecer morando na casa responsável pela desvalorização dos imóveis da redondeza. O garoto era definido como alguém problemático, esquisito e solitário, e logicamente que Elissa (Jennifer Lawrence) iria se interessar justamente por ele.

 A história em si não é ruim, principalmente por que nos surpreende. Você começa a ler o livro/ver o filme com uma impressão, que muda completamente ao final da trama. No entanto essa história, que tinha tudo pra dar certo, não explora assuntos como a violência doméstica, o trauma do jovem Ryan, e principalmente, a enrolação e a riqueza de detalhes que toda historia de suspense TEM QUE TER.

Um filme como suspense tão fraco não deveria ter sido estrelado por duas atrizes ótimas, indicadas ao Oscar: Jennifer Lawrence, com Inverno da Alma, e Elizabeth Shue. A única explicação pra Jennifer ter aceitado o papel é senso de oportunidade, já que sua brilhante estreia em Jogos Vorazes foi depois. Mas nada explica por que Elizabeth se dignou a representar uma personagem tão medíocre.

Apesar dos personagens, a atuação de ambas as atrizes pode ser considerada o trunfo do filme, que no entanto não o impediu de ser um total fracasso. Os demais atores não ajudaram em nada. Max Thieriot não conseguiu convencer a plateia de sua boa índole e nem provocar a compaixão e a “peninha” que sentimos do mocinho. Na verdade sua atuação foi muito fraca, e ele passa a impressão de que o personagem é só um menino bobo e sem expressão (deve ser parente da Kristen Stuart).

O livro, além da falta de detalhes, é muito curto pra uma historia tão complexa, tem só 200 paginas. Durante a leitura você tem a impressão de que a autora queria terminar logo com a história, por isso o final, apesar de surpreendente, é muito rápido. Tudo indica que o livro foi uma jogada de marketing, tão comum em Hollywood, apenas para chamar mais atenção pro filme, principalmente por que a capa com Jennifer Lawence atrairia muitos fãs impressionados com Jogos Vorazes. E o que é aquele negócio de "Você se identifica com este livro? Leia as paginas 89-90"? Isso está na contra capa, e não faz o menor sentido. Você lê essas paginas e fica com cara de tacho.

Resumindo: suspense vazio, filme parado (você não leva nem um sustinho) e livro insatisfatório. Ideal para quem não tem nada melhor pra ler ou assistir. Por favor Mylla, só duas estrelas nesse aqui.

Confira o trailer: