Autora: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Onde comprar: LINK
Nota:
O que a Estefany achou do livro:
É, eu li um livro da Stephenie Meyer, e confesso: não é ruim. Tá,admito, eu gostei. Sei que Crepúsculo tem apenas dois tipos de críticos: os fãs apaixonados e os odiadores de carteirinha. Sendo esse último grupo o mais numeroso a fama da autora ficou muito ruim. Mas assim como eu me esforço para não julgar um livro pela capa, tento fazer o mesmo com os autores em relação a seus livros anteriores.
Uma coisa que eu pude obsevar lendo esse livro é que a Stephenie
tem o hábito de transformar todos os mitos, folclores e crenças em histórias
românticas, onde tudo é colorido como o arco-íris. Foi assim em Crepúsculo,
onde os vampiros, a essência do mal, se transformaram em criaturas bondosas,
vegetarianas e que brilham no Sol como fadinhas (vamos combinar, ai ela pegou
pesado); e os lobisomens, criaturas feias, peludas, irracionais e assassinas, no
livro, se tornam lindos lobinhos protetores que na forma de humanos são garotos
bombados e totalmente depilados que tem alergia a roupas (e aparentemente não
têm frio).
No livro A Hospedeira isso não é diferente. Mais uma vez a
autora fez uso de um mito horrendo para criar uma história romântica. Invasão alienígena
é o tema mais clichê no cinema internacional, e em quase todos os filmes os alienígenas
que invadem nosso planeta são criaturas maldosas, que comem os seres humanos
(como em Guerra dos Mundos) ou os escravizam, e além de terem o único objetivo
de nos dominar são infinitamente mais evoluídos.
No livro de Mayer, no entanto, os invasores são criaturas bondosas, que não desejam o mal da humanidade, mas por precisarem de corpos hospedeiros acabam por prejudicar os humanos, que se tornam quase extintos. Esses alienígenas, chamados de “almas”, são inseridos nos corpos das pessoas e passam a controlar seus movimentos. Com o tempo a consciência da pessoa vai sumindo ate que é totalmente suprimida, e ela desaparece, restando somente o corpo, que passa a abrigar apenas a alma que foi inserida.
No entanto, quando Peregrina, a alma, é implantada no corpo
de Melanie, ela nota que sua hospedeira não é uma pessoa comum. A determinação
de Melanie e seu amor e preocupação com seu irmão, Jamie, e seu namorado,
Jared, permitem que ela continue ali, no corpo que ela divide com Peg
(Peregrina). No inicio as duas se detestam. Peg faz de tudo para acessar as memórias
de Melanie e descobrir a localização de esconderijos de humanos, e Melanie bloqueia
suas memórias para que Peg não encontre Jared e Jamie.
Com o tempo, porém, as duas, que conversavam mentalmente,
começam a se entender, e Melanie, numa necessidade desesperada de salvar
aqueles que ama, mostra a Peg todas as suas lembranças. Peg finalmente conhece
Jared e Jamie, através das memórias de Melanie, e como se amor que sua
hospedeira sente por eles fosse um vírus, acaba se “contaminando”, e passa amar
aqueles humanos como se ela fosse humana.
Pressionada cada vez mais pela Buscadora, que queria a
localização de Jared e Jamie, Peg decide ajudar Melanie a encontrá-los. As duas
novas amigas saem em uma busca arriscada e totalmente incerta, atravessando um
deserto a pé. Além de se preocuparem com a sede e fome, elas precisam desvendar
um enigma que irá indicar a localização daqueles que amam, e mais que tudo,
precisam manter-se vivas.
Mas pior que tudo isso é: o que fazer depois de encontrá-los?
Como convencê de que Melanie continua ali? Como ter certeza de que aqueles que
elas pretendem salvar não vão matar o corpo que compartilham?Afinal as almas
eram o inimigo, a primeira coisa que eles fariam quando vissem Melanie tomada
pelo alienígena seria matá-la. E pra piorar ainda mais a situação, Peg está
apaixonada por Jared, e enquanto Melanie se rói de ciúmes surge um triângulo
amoroso (que se torna um quadrado amoroso? Que confuso).
Completamente surpreendente, o livro A Hospedeira é o tipo
de livro difícil de ler (assim como a minha resenha, hahahaha), não só por
conta do preconceito que o cerca, mas também pelo fato de o livro ser
extremamente parado no inicio. Mas, do meio para o final ele fica muito
interessante.
É uma história bastante criativa, uma nova forma de tratar
de um assunto tão banal: a possibilidade de vida em outro planeta. E o mais
interessante é perceber que a autora não só aborda o tema amor em todas as suas
perspectivas, seja o amor entre irmão, amigos, amantes ou o amor por sua espécie;
mas também critica a humanidade, demonstrando que falta amor e respeito nas
relações entre as pessoas.
A autora também aproveita a deixa pra baixar a bola da
humanidade, demonstrando que os invasores alienígenas no seu livro não são mais
evoluídos apenas pela tecnologia que possuem, mas por manter entre eles um convívio
amigável. Todos se amam e se respeitam, como uma grande família, exatamente
como deveríamos ser.
Outras capas:
Capa do filme |
Minha irmã comprou o livro quando ainda estava no momento "OMG, eu amo Crepúsculo", mas leu só o primeiro capítulo e largou. Eu peguei e nem o primeiro capítulo eu consegui ler inteiro. Good Lord, que coisa mais chatinha!
ResponderExcluirSério, nem é preconceito com a autora (eu tinha boas esperanças quando li Crepúsculo e acharia a série ok se o final não fosse tão besta), é com o livro mesmo. Começo parado DEMAIS, eu não aguentei ler até que ficasse "bom", simplesmente é o segundo livro que eu abandonei e não tenho a menor vontade de tentar ler de novo. :P
Mas boa resenha, não tá difícil de ler não. xD
Beijos :D
@Luísa
ResponderExcluirAo contrário da Estefany, eu não gostei do livro. Bom, gosto é gosto.
Beijokas Luísa!
Eu adoro o livro, e acho que ele trás bastante uma ideia de como o mundo está cada vez pior.
ResponderExcluirO começo é chato mesmo, mas depois me apaixonei totalmente pelo livro.
Esperei quatro anos pelo filme e amei.
Eu adorei o livro, achei bem melhor que Crepúsculo. O problema é que tem umas partes muito paradas que chegam a ser irritantes, mas tirando isso o livro é bem legal!
ResponderExcluir@cath´s m.
ResponderExcluirEu quero assistir o filme, parece ser bem melhor que o livro.
Beijokas :*
@Amanda Gabrielly
ResponderExcluirAh, eu quase largo o livro, por causa disso, mas como eu sou persistente eu fui até o fim! rsrs.
Eu amei o livro! Encarei como um livro que trata sobre o preconceito, mas usando o tema alienígenas para isso. Ao longo da obra vemos como apenas as ideias pré-concebidas influencia no comportamento e decisão da maioria dos humanos em relação à Peregrina, e como ela luta para mudar isso.
ResponderExcluirMas essa luta só se dá, também, porque Melanie se esforça em mostrar para ela que ela possuía uma vida, pessoas que amava, a quem gostaria de cuidar... Mostra sentimentos para a personagem.